Exportaçoes baianas apontam para novo crescimento, anuncia governo

Óleo combustivel foi um dos principais responsáveis pelo aumento
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As exportações baianas voltaram a crescer em setembro, quando alcançaram US$ 1,02 bilhão, 18,7% superiores a igual mês do ano passado e 36,9% acima do registrado em agosto último. Um dos fatores determinantes para o desempenho foi o salto na exportação de óleo combustível em 113%, após registrar queda em todos os meses do ano.

Também colaborou a expansão nas vendas de produtos metalúrgicos (181%) decorrente dos investimentos realizados na produção de cobre e do expressivo aumento nas exportações do setor automotivo (1.110%). Esse crescimento resultou do aumento da demanda da Argentina, da desvalorização do real e dos estímulos à produção local do programa Inovar-Auto, que beneficia montadoras instaladas no país.

De janeiro a setembro, as exportações baianas acumulam US$ 7,8 bilhões, inferior 3,7% a igual período de 2012. Do lado oposto, as importações já atingem US$ 6,2 bilhões, 9,3% acima do registrado no mesmo período do ano anterior.

Em setembro as importações tiveram um aumento de 44%. As compras externas continuam em trajetória crescente, devido ao crescimento da atividade industrial interna e ao aumento das compras de bens de capital. Destacaram-se no mês passado as compras de combustíveis, catodos de cobre, insumos para indústria química, borracha e bens de capital.

Bens de capital - De acordo com o coordenador de Comércio Exterior da SEI, Arthur Cruz, “para que as exportações baianas possam superar o desempenho de 2012, é necessário que a desvalorização da moeda se mantenha até o fim do ano nos níveis atuais, que se confirmem os indícios de recuperação econômica dos principais mercados mundiais, com uma desaceleração controlada na China, além de um aumento substancial nas vendas externas de derivados de petróleo como ocorrido em setembro”. O setor é o maior segmento responsável pelo desempenho negativo nas exportações estaduais no ano com queda de 27%.

Já em relação às importações, o maior incremento é de bens de capital com crescimento de 44%, o que sinaliza mais investimentos e modernização na economia. “Com esse perfil de importações, a indústria, principalmente a exportadora, mostra que está querendo produzir mais, reduzir custos e ficar mais competitiva via aumento do investimento, da produtividade e das exportações”, enfatiza Cruz.